[ARS] Ficha de Personagem
Dom Jan 07, 2024 6:50 pm por Lady Whistledown

[P] Pedido de Parcerias
Seg Nov 13, 2023 11:08 am por Lady Whistledown

[♕T] O Primeiro Baile
Ter Nov 07, 2023 12:02 am por Aleksander M. McQuinston

[ARS] Sistema de Moradias
Sáb Nov 04, 2023 12:16 am por Pierre Ferdinand Bourbon

[♕T] A Cerimônia
Seg maio 08, 2023 12:04 am por Arthur Edward McQuinston

[AC] Cannon's Masculino
Ter Abr 11, 2023 2:03 am por Lady Whistledown

[♕T] You know, some guys just can't hold their arsenic
Seg Abr 10, 2023 10:14 pm por Lady Whistledown

[ARS] Sistema de Empreendimentos
Ter Mar 28, 2023 10:16 pm por Lady Whistledown

[AC] Cannon's Femininos
Seg Mar 27, 2023 10:51 pm por Lady Whistledown

[ARS] Sistema de RPs
Qua Fev 02, 2022 6:56 pm por Lady Whistledown


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Arthur Edward McQuinston
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[♕T] O Primeiro Baile

 por Lady Whistledown Sex Abr 28, 2023 9:41 pm

O
murmurinho que esta autora anda ouvindo é de que o baile de hoje à noite será tão fantástico quanto o do ano passado. As mamães mais agitadas já pediram os vestidos de suas filhas há meses atrás, mas fiquei sabendo que Madame Carp enfrenta uma enorme fila de reajustes, pois algumas das moças passaram por algumas mudanças. Umas de menos, outras de mais, pros lados, para cima e em outros lugares certamente impróprios para falar aqui.

Os rapazes, como de se esperar, não deram trabalho algum a Madame Carp, que vendeu o máximo de roupas masculinas que fora capaz. Boatos de que confeccionou o terno que o Príncipe Felipe usará nesta noite, estou ansiosa para ver o que aguarda a todas.

Durante a cerimônia de apresentação, o rapaz se mostrou reservado e não trocou nenhum olhar com alguém em específico, talvez ainda espere o Diamante ser anunciado. Já a Princesa Luiza foi vista trocando olhares com quase todos os pretendentes daquela tarde, será que a Rainha enfim está exigindo da filha uma promessa de casamento? Pois assim como você, me pergunto diariamente porque não a prometeu para o Príncipe Felipe, fariam um belo casal.
Ansiosa e esperançosa pelo que noticiarei pela manhã.


Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown
16 de Abril, de 1814


O Primeiro Baile da Temporada é um dos mais importantes, é aquele em que quase ninguém falta, pois quer conhecer e se inteirar de todos e todas que farão parte da temporada social. Também é a primeira oportunidade para pôr seus olhos e garras num Conde, Duque ou até mesmo um Príncipe, e mostrar que tem capacidade de se tornar o diamante da temporada. Os jovens mais cobiçados por toda a Alta Sociedade.

O baile é realizado no Palácio de Buckingham, num amplo salão decorado com as flores favoritas da rainha: as tulipas. Há uma limonada para que todos se sirvam e desfrutem do refresco enquanto são passados canapés e biscoitinhos. Bebidas alcoólicas são proibidas em bailes como este.

Cada moça poderá dançar com até 5 pretendentes, não esquecendo de marcar em seus cartõezinhos, que são distribuídos na porta de entrada. As danças são as tradicionais, já ensaiadas e conhecidas por tomas as damas que tenham tido o mínimo de ensino em casa. A família real e seu convidado, Príncipe Felipe, estarão no recinto, divertindo-se entre si*.

Todos os integrantes da Alta Sociedade foram convidados, inclusive os nobres. Porém, integrantes da Baixa Sociedade não serão aceitos.

O baile ficará aberto até o dia 30/06.

*Lembrando que todos são cannons, mas a maior parte não está ocupado, por tanto, será narrada como NPC, com exceção do Príncipe Felipe (narrado pela staff).



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Arthur Edward McQuinston

Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Arthur Edward McQuinston Ter maio 09, 2023 12:26 pm

Just dancing with my eyes closed
Como de praxe o lacaio do Palácio abriu as enormes portas, de onde Arthur surgiu, vestindo um sobretudo de veludo que descia até seus joelhos, de tom bege escuro. As calças brancas marcavam perfeitamente a silhueta da cintura para baixo, acompanhadas pela camisa tão branca quanto a parte inferior, somada aquela ridícula gravata emplumada que todo cavalheiro deveria usar. As botas eram pretas e chegavam a quase cobrir o joelho de Arthur, que as achava tão desconfortável quanto aqueles pequenos sapatos afivelados ridículos que os outros homens usariam.

Desceu as longas escadarias do salão, tendo a atenção das damas e mães ansiosas para si, não por ser um marquês, visto que haviam homens com títulos tão ou mais importantes que o dele. Mas porque sua fama de libertino o precedia e causava certo alvoroço, que mãe deixaria sua imaculada prole casar-se com um homem que passava as noites em bares e as madrugadas em camas alheias?

Não era uma preocupação para Arthur, que já havia feito negócios com uma porto riquenha, chamada Zofia, cuja filha procurava um marido e estava em sua primeira temporada. Haviam se encontrado antes mesmo da cerimônia de inauguração, a Viscondessa contou a ele todos os dotes de sua prole, as qualidades e se fosse tão bonita quanto a progenitora, Arthur talvez não tivesse necessidade de gastar toda sua fortuna em prostitutas. Fariam belíssimos filhos e o marquesado de Buckingham viveria mais uma geração. A coroa demandava que ele desse um jeito em sua linhagem, já que queriam que o título passasse adiante e não acabasse em algum filho bastardo que Arthur pudesse vir a ter.

Mesmo com toda a sua fama, a Viscondessa encontrava-se desesperada por alguém que desposasse sua filha sem a necessidade de um dote e Arthur sabia e usara isso a seu favor. Não espalhara para ninguém mais, mas suas criadas o contavam incessantemente as fofocas de todos os dias e a que chegara da casa dos Villanueva era a de que a Viscondessa não tinha dinheiro para pagar o dote da filha. Não demorou-se para visitar a residência e oferecer-se como futuro esposo da jovem, tudo estava perfeitamente alinhado, exceto que ainda não se conheciam. E aquele seria o momento de por a prova todos os seus limites como um futuro homem casado. Um futuro homem que teria de abdicar de seu grande amor, por nunca tê-lo visto: a jovem das cartas.

Já questionara-se inúmeras vezes o que faltava para que pudessem ficar juntos. Era dinheiro? Ele tinha. Era títulos? Ele tinha. Ela era da baixa sociedade? Aquilo não era um problema para ele. Ainda assim, nada parecia andar e Arthur estava sendo cobrado o suficiente para saber que chegara seu momento de parar de esperar por aquele amor impossível.

Seus olhos cruzaram com os da Viscondessa, no canto da sala, desacompanhada. Se a dama não fosse casada e ainda pudesse dar lhe filhos, Arthur a desposaria. Atravessou o salão, indo em direção da Viscondessa, trocando olhares com algumas moças ansiosas que o encaravam, Arthur cumprimentou uma que outra com um sorriso discreto e uma piscada. Pôs-se em frente a mãe de sua futura esposa e tomou-a pela mão, depositando um delicado beijo sob a luva.

— Ilustríssima Viscondessa Villanueva, sempre um prazer dividir um cômodo com a Sra., uma belíssima noite não achas? – Arthur ajeitou a postura, seus olhos discretamente percorreram o salão, cruzando com as írises da ruiva que avistara no jardim no dia anterior, não teve muito tempo para admirá-la, apenas podo notar que ela tomava a mesma direção que ele — Me desculpe o inconveniente de ontem, não consegui ficar por tempo suficiente para conhecer sua filha, esperava encontra-la aqui hoje, onde está a Lady Klearyce?

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Klearyce Villanueva

Karma is a cat

 por Klearyce Villanueva Ter maio 09, 2023 2:38 pm

Why did I think I could do this?

Meus olhos piscam em surpresa, este ponche é devidamente cítrico, levo ele aos lábios mais uma vez provando-o, o doce aroma do limão me traz sensações novas, sem definir se gosto ou não, descanso a taça em minhas mãos, notando que já faz um tempo desde que sai de perto da minha mãe, escapando de suas frases motivacionais e os longos sorrisos das damas que insistiam em vir me agraciar pela beleza, não que eu odeie elogios, mas odeio bajulação, as quais nem vão levar- nos a lugar nenhum. Mas a fuga acabou, minha mãe fica preocupada comigo andando para lá e pra cá e sem obedecê-la, dou grandes passos para chegar a tempo, evitando o esporro. Alguns jovens rapazes no salão me observam com interesse, não penso o mesmo sobre eles, infelizmente meu coração pertence a alguém que talvez nem exista, esse alguém me tem por completo, mas sendo sincera depois  da grande visão azul do outro dia foi difícil dormir, a cada dois minutos eu lembrava da piscada atrevida do homem elegante parado dentre os outros, com uma beleza espetacular e as grandes curvas em suas bochechas que me tiravam o ar, respirei fundo e corri até o outro lado daquele jardim, se eu ficasse mais um pouco teria sido atraída pelo homem, sem sorte de voltar as minhas origens. Mas agora, eu preciso esquecer, não há nada em que eu e ele combinemos, nada. Sequer vamos nos ver novamente, eu espero.

Meus olhos avistam-os da minha mãe a mesma sorri de orelha a orelha com seus dentes para fora, a boca curvada em ”u” fingindo naturalidade, eu sei quando algo está esquisito, esse sorriso dela entrega tudo. Ela aponta o dedo indicador em minha direção, seus lábios pronunciam umali está ela, ótimo! vou precisar ouvir mais alguma senhora estranha falar de suas lindas filhas, como se eu gozasse deste tipo de assunto lengalenga. Difícil gostar de algo que não me tenha interesse algum, ela sabe disso e não dá a mínima importância. Logo quando me aproximo, percebo, ela está conversando com o homem do outro dia, e ele está me encarando como no outro dia, e eu estou sentindo a mesma sensação do outro dia, a curiosidade, os batimentos rápidos do meu coração, o leve rubor nas minhas bochechas e a estranheza. Seus olhos continuam tão azuis, e sua bela face continua bela, até seus trajes se mantém  de bom grado, mas nada explica o fato de estarem juntos, e se ele for um pervertido? Penso em minha cabeça. Zofia, minha mãe faz a frente  quando me coloco em seu lado desconfiada.
-Querida, deixe-me apresentar, este é o Marquês de Buckingham, Arthur Edward McQuinston.

Ele sorri, fazendo meu coração acelerar pela segunda vez hoje. Ontem acelerou umas quinhentas todas as vezes em que eu lembrava deste bentido sorriso. Eu me curvo para não perder a elegância. Agora sei o porquê a minha mãe parecia tão estranha.

-Vossa Graça.

Digo em cumprimento, amena a situação, ignorando qualquer sentimento, apenas por educação.

Ela se pronuncia novamente. Ajeitando a barra do meu vestido azul turquesa camurçado e branco, tão azuis quanto a íris do homem, leves semblantes brilhosos e com uma leve calda transparente nas costas do vestido, as mangas curtas estufadas e rodeadas com brilho dourado que eu amava usar, combinando com meus sapatos marrons, e as luvas macias de camurça verde água que davam contraste com meu tom de pele. Quando suas mãos frias encostam nas minhas costas, ela continua:

- Seu futuro marido.

A frase ecoa em minha cabeça, eu olho diretamente para ele confusa, será que ouvi mal? Sorrio delicadamente. Talvez tenha sido algo que só eu ouvi.

- Devo ter escutado mal, o que disses mãe?

- Oras, eu disse, seu futuro marido, deve ser o barulho do salão atrapalhando a sua audição.


Agora eu ouvi muito bem mas preferia que não. Sequer na minha cabeça imaginaria que isso funcionaria, não acredito que teria mesmo que me casar até ouvir dos lábios dela isso, o meu coração acelera ainda mais, eu seguro com mais força a taça e tomo o resto do  ponche. Suas mãos continuam em minhas costas, e seu sorriso carinhoso permanece ali, o homem não demonstrou surpresa alguma, talvez já soubesse disso, mas em que momento ela planejou? É muito para minha cabeça, e pelo bem de todos eu preciso parecer calma.

-Acho que meu ponche acabou, eu vou ir pegar mais.

Tento fazer uma reverência, mas minha mãe interrompe.

- Acharia de bom grado se vocês dois fossem juntos, por quê não?

Ela nos da uma leve empurrada, contra a minha vontade me deixando sozinha com o homem estranho indo até o ponche, aconteça o que acontecer eu não vou terminar assim. Eu roubo alguns olhares dele, ambos silenciosos, e quando chegamos na mesa, despistamos os olhares da casamenteira. Mas o silêncio, este não despistou.


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Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Arthur Edward McQuinston Ter maio 09, 2023 7:59 pm

Just dancing with my eyes closed
A Viscondessa deu a ele um sorriso satisfeito, era claro que estava contente em vê-lo, afinal, irei desposar a filha dela, mas se seus lábios surgiram as palavras que Arthur queria ouvir, exceto que não esperava ser em relação a quem era. A ruiva do jardim aproximou-se dos dois, o fazendo segurar um som de surpresa, não queria parecer que já tinham se conhecido, ou pior ainda, que de alguma forma pudesse ter tido algo, levando a dama a ser considerada indesejada.

Enfim podia enxerga-la de perto, admirar a beleza dos fios alaranjados em um belíssimo penteado, alguns caindo sobre a delicada pele branca da moça. Não havia sequer uma imperfeição em sua face, tudo nela pareceria ter sido perfeitamente esculpido pelas mãos de um artista (que certamente perdera alguns dedos no processo). Tamanho era o transe, que Arthur nem sequer curvou-se para cumprimenta-la da forma que um cavalheiro supostamente deveria fazer.

— Milady – Arthur curvou-se rapidamente, mas não pareceu ter sido notado, a atenção de ambas as damas estava na conversa que se seguira em frente a ele.

A Viscondessa fizera questão de deixar claro para quem quisesse ouvir, que Arthur casaria com Lady Klearyce, inclusive para a mesma, que não sabia. O jovem deu um sorriso abafado, mas um tanto envergonhado e nervoso, também ansioso para ver como a ruiva lidaria com aquela informação. Estava acostumado a ter todas as moças que quisesse na palma da mão, implorando por um único minuto de seu dia, um toque, uma troca de olhares, então não entendera direito o porque da moça parecer escapar. Acabara de voltar do ponche, seu copo estava cheio, aquela era uma clara desculpa.

Logo a Viscondessa sugeriu que ambos buscassem o ponche, o que arrancou um sorriso divertido de Arthur, que ansiava para ver o desenrolar daquela descoberta. Lady Klearyce mantivera-se quieta e tentando evitar olhá-lo, o que sabia muito bem ser impossível, era um dos homens mais bonitos que havia naquele lugar e era conhecido por ter olhos hipnotizantes. O que acreditava ser pelo tom de azul, tão vivo quanto o mar.

— Milady, acredito que não tenhamos propriamente sido apresentados, pelo menos não da forma como esperava que pudesse ser – Arthur tentou ser o mais cordial possível, levou uma mão até a da outra, agarrando-a com delicadeza e levando até seus lábios, infelizmente tudo que podia sentir era o tecido fino das luvas. Desviando os pensamentos que o rodeavam, colocou as mãos atrás das costas — Confesso que já esperava que sua mãe tivesse dado a notícia, lamento que tenha que saber assim, tão repentinamente. Ainda assim, espero que possamos desfrutar deste baile, irei esperar que derrame mais ponche em seu copo, até transbordar e sujarmo-nos, já que ambos sabemos que seu copo estava cheio e esse desvio é apenas uma mera distração para a sua surpresa – Arthur aproximou-se dele, o suficiente para sussurrar algo que somente a ruiva ouviria — Está nervosa com a minha presença, Milady? Embora eu acredite que não tenha deixado seus pensamentos por um único segundo desde ontem – seu rosto expressava um sorriso travesso, de fato, estava se divertindo com aquela situação, afastou-se novamente — Após, gostaria de me dar a honra de termos a nossa primeira dança?


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Klearyce VillanuevaAlta Sociedade
Klearyce Villanueva

Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Klearyce Villanueva Sáb maio 27, 2023 10:58 pm

your problem is from Ana, Analyst

Meus olhos piscavam em confusão, primeiro a grande revelação do meu “casamento” e logo a presunção do Marquês em achar que estou nervosa. Eu estou mas ele não precisa saber disso.

- Pelo contrário, vossa graça, estou surpresa. Acho que deve ter entendido mal, a minha feição. Além de que minha taça estava devidamente vazia, para o senhor as coisas podem parecer meio cheias, ou muito vazias, mas para mim. Ouso dizer  que a taça estava pela metade. Não querendo lhe ofender é claro, pressupus apenas.

Sinto seu sorriso abruptamente divertido, tão perto quanto a luva camurçada em minhas mãos. Tomo mais um gole do líquido amargo antes de responder sua pergunta. Não vejo mal algum em dançar, mesmo que eu esteja sendo fuzilada com os olhares impertinentes de minha mãe me obrigando a qualquer coisa, óbvio, ainda sim aceito, seria de má índole recusar um convite. Claro! dou um breve sorriso amargo para Arthur, e me mantenho firme.

-Adoraria dançar convosco vossa graça.

Olho em seus olhos azuis por alguns segundos antes de desviar, o medo e a ansiedade de dançar pela primeira vez tomam conta do meu estômago, talvez seja o ponche ou talvez não, reprimo a ideia de sair correndo. Antes de desviar e caminhar até o meio dos outros casais.
Coloco a mão em meu coração acelerado, algo em particular  faz-me sentir confortável, como se de algum modo estejamos ligados por motivos duvidosos. Depois que larguei a taça em cima da mesa, olhei de relance para trás, apenas para notar se ele me seguia, e os pelos da minha nuca se eriçaram, facilmente me deixando aflita confirmei que sim, ele me seguia. O nó está tomando conta da minha garganta, percebo com o que estou lidando, um casamento, um noivo bonito por sinal, mas que eu não me sinto apaixonada, um amor correspondido por cartaz e o doce sonho de poder ser quem eu quero sem ter que decepcionar ninguém, a imensa vontade de chorar me consome, será que deverias dizer a ele como me sinto? olho para minha mãe Zofia, ela parece muito feliz, será que eu realmente deveria deixar meu coração de lado e salvar a minha família? Mas porquê eu deveria tomar rédeas dos erros dos outros? São tantas questões, que borbulham tão quanto as bolhas do ponche me fazendo duvidar de tudo e todos. Me mantenho parada com as mãos dadas por trás das minhas costas, olhando diversas vezes para ambos os lados afim de ver o que fazer. A primeira vez de uma garota é sempre importante, desde que eu aprendi a dançar com os professores de dança em Puerto Rico, sequer dancei alguma vez na vida com algum estranho, ainda mais se esse estranho é meu noivo, essas palavras me assuntam “meu noivo” eu sequer sei algo sobre ele, tirando seu belo charme e agrado não conheço seus sonhos e suas vontades, suas manias e paixões, absolutamente nada.
Fisgo seu olhar, não quero parecer muda, abro minha boca para dizer alguma coisa, mas as palavras não vem. E quando vem, eu me arrependo.

-me gusto el ponche.

Não se inicia uma conversa assim, meus parafusos devem estar afrouxados, reviro os olhos. Espero que ele não tenha entendido absolutamente nada que eu falei, algo tão trivial que minha mãe reclamaria do quão patética estou sendo agora.


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Anne Marie d'OrléansNobres
Anne Marie d'Orléans

Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Anne Marie d'Orléans Qua Jun 07, 2023 5:14 pm

Anne Marie estava mais do que animada para o baile daquela noite, afinal de contas fazia algum tempo que não ia em um e desde que chegou na Inglaterra ela tinha que se comportar como a princesa que era. Tinha que frequentar chás e outros afins que achava super chato, mas a social era muito importante para si e sua família.

Vestida como tal a francesa se encaminhou para o local onde seria realizada a festa em sua carruagem, afinal de onde estava até o Palácio de Buckinham era uma boa pernada. Sorriu para si mesma, recebendo uma olhada de sua dama de companhia.

— Está a sorrir, vossa graça. — Amélie disse com um meio sorriso, fazendo com que a moça logo recolhesse os lábios para ficar séria novamente, arrancando uma risada da morena. — Não contarei a ninguém, não se preocupe.

— Já pedi que não me chame de vossa graça, Amélie. — abanou a mão como quem não quer nada, sorrindo para a dama de companhia. — Pode me chamar pelo nome quando estivermos a sós.

Amélie sorriu e concordou com a cabeça, e então ambas riram baixinho. Era bom estar longe de casa, afinal ali, fora da vista dos reis da França, a jovem princesa podia ser ela mesma sem hesitar, toda boba e alegre sem ficar durante um dia todo como uma boneca muito bem moldada pelos pais exigentes.

Ficaram em um silêncio cômodo até chegarem ao destino, tendo a porta aberta e então saindo para a noite, o vestido longo sem mangas tocando o chão delicadamente. O corpo pequeno e magro da princesa da França quase parecia brilhar à luz da lua de palidez, que entrava em contraste com o vestido azul marinho e as luvas pretas.

— Vamos entrar, Amélie. — a princesa falou, indo à frente e sendo seguida pela dama de companhia de perto. Existiam muitas coisas que a loira queria naquela noite, e conhecer alguém especial seria a cereja do bolo. Não queria se casar com quem seus pais planejavam, então acharia um pretendente por si mesma.

O salão estava enfeitado e bonito, fazendo os olhos de Anne Marie brilharem: ela amava tulipas, eram suas flores favoritas. O papelzinho que havia recebido na entrada estava nas mãos de Amélie, que ainda se mantinha por perto de si. Sorriu para ela.

Era hora de começar a procurar por sua "alma gêmea".
Arthur Edward McQuinstonNobres
Arthur Edward McQuinston

Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Arthur Edward McQuinston Qua Jul 26, 2023 8:15 pm

Just dancing with my eyes closed
O marquês a observou negar sua teoria para o quão desconfortável ficara ao ouvir que iria casar-se com o mesmo. Ainda assim, não acreditara em uma única palavra que saíra daqueles belíssimos lábios, preferia convencer-se de que estava corretor no que supusera, como de costume. Sempre fora bom em ler situações desconfortáveis e os motivos por trás das ações mais divertidas ou estranhas que as damas pudessem ter à sua volta, aquela não teria sido diferente.

O amargor naquele sorriso retirara uma risada abafada do homem, que gostava de um bom desafio, seduzir moças era sua especialidade afinal. Contudo, era tudo mais interessante e divertido quando podia brincar com elas na palma da mão, assistindo suas recusas, palavras indignadas e sorrisos amargos. Nunca deixara de ter para si o que queria, como o bom herdeiro mimado que era.

Acompanhou Lady Klearyce até a pista de dança, onde puseram-se frente à frente, como os demais pares, as mãos pairando atrás de seus corpos, enquanto a melodia não se iniciava. Assim que os violinos se iniciaram era impossível não deixar que seu corpo tomasse conta, os guiando naquela dança quase intocável. Muitas vezes suas mãos quase tocavam nas dela, mas não era típico daquela coreografia que dividissem toques até pelo menos, à metade da música. E quando o mesmo pode tornar-se verdade, Arthur sentiu o calor que ela exalava pelo fino tecido da luva, os dois tinham as mãos entrelaçadas enquanto seus pés seguiam o ritmo da música e davam pequenos pulinhos, divertidos e animados. Pode girar a dama pelo salão e até mesmo trocá-la com outro cavalheiro, tendo em seus braços uma jovem tão bonita, mas completamente desajeitada com os pés.

Foi ter Lady Klearyce em seus braços novamente quase no final da melodia, enfim dividiam uma distância quase inexistente entre seus corpos. A mão de Arthur pode explorar as costas dela, enquanto a esquerda segurava a direita da noiva, onde em breve haveria um anel de noivado. Queria poder sorrir com tal ideia, mas não conseguia parar de pensar que em sua frente, preferia ter a jovem das cartas, usando uma aliança e seu nome.

Era um libertino e gostava de brincar com todas as moças da região, mas fora preso por aquela que nem mesmo sabia o nome, ou sequer vira. E mesmo com tão pouco, sentia-se sufocado pela ideia de que jamais poderia estar com ela da forma como gostaria, assumira um compromisso com as Villanueva e com os McQuinston e teria de cumpri-lo.

Forçou um breve sorriso ao final daquela dança, ouvindo as palavras que saiam dos lábios de Klearyce, que o roubaram de seus pensamentos tristes. Era de se esperar que a porto-riquenha soubesse espanhol, mas como toda outra dama ali, se comunicasse apenas em inglês. Ainda assim, Arthur pode deixar visível um de seus vários dotes com a boca: era poliglota.

— Porque me encantaría saber el sabor – ele inclinou-se mais para perto dela, de forma que somente a moça pudesse ouvir, dando um sorriso travesso — especialmente si fue a través de tus lábios.



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Klearyce VillanuevaAlta Sociedade
Klearyce Villanueva

Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Klearyce Villanueva Sáb Set 23, 2023 7:26 pm

KARMA IS MY BOYFRIEND

Minhas faces coram de timidez. Sinto-as aquecerem, um infortúnio. Piso em seu pé, de forma nada tímida.

- Perdoe-me, vossa graça, pisei em vossos pés, uma pena eu diria.
Seguro a taça com mais firmeza, tentando ignorar o leve desconforto, enquanto meus pensamentos se voltam para o homem pelo qual estou apaixonada. Se não fosse por essa obrigação familiar, eu poderia buscá-lo e nos casarmos, sermos felizes e eu saberia o quanto seria amada. Tê-lo em meus braços, sentir seu calor, talvez seja a mesma sensação que sinto com este cavalheiro agora. Será traição? Não, mas é evidente que, embora haja atração mútua entre eu e o visconde, também há um profundo sentimento de desprezo. Enquanto dançamos pela pista, nossas expressões revelam uma mistura intensa e imprevisível de fascínio e aversão. Não sei ao certo o que me atrai nele, talvez sejam esses olhos de cigana oblíqua. Ajeito meu vestido e me curvo afim de sair de perto, independente de ser ou não obrigada a isso, não sou obrigada a ter este sentimento.
- Perdoe-me, visconde, dançamos muito e não me sinto muito bem. Com sua licença.
O alto teor do Ponche causa incertezas em mim, é óbvio que vou colocar a culpa nele, se não fosse por isso estaria bem, e jamais teria ficado tão aflita com esta dança. Começo a me virar deixando o cavalheiro sozinho, mas não há uma chance grande de eu simplesmente deixar isso assim do jeito que estou, algo em mim me diz que devo me afastar antes que seja tarde. Meus olhos observam os de minha mãe à distância, ela está me fuzilando por deixar o visconde sozinho. Sei que se o deixar, não dará dois minutos até uma fila de garotas aparecer e se jogar como piranhas no mar. Talvez eu ligue para opinião desta mulher a qual está me vislumbrando, mas não vou deixar-me abalar, seguro as lágrimas, dou um breve sorriso e faço o que nenhuma outra dama faria, jogo o ponche na cara do visconde depois de fingir que resbalei com os passos de outros casais.
- Oh meu Deus, desculpe-me, minhas mãos escaparam, não foi porque quis.
Claro que isso deixou minha mãe dez mil vezes mais brava, mas se ela acha que as coisas serão fáceis comigo, está enganada


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Evellyn Wolf MeyerNobres
Evellyn Wolf Meyer

Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Evellyn Wolf Meyer Sáb Out 21, 2023 2:56 pm


Spring


Aperte o play

Naquela noite, um baile era a última coisa que desejava, mas eu sabia o quão importante era para meu pai. Com relutância, escolhi o vestido mais formal que encontrei no meu guarda-roupa. Era o vestido da minha mãe, que havia falecido quando eu era apenas uma criança. Eu tinha herdado não só seu vestido, mas também seus traços, o que sempre me encheu de orgulho. Meu pai, por sua vez, também sentia um imenso orgulho de mim.

Ele sorriu ao me ver no vestido da minha mãe e disse. — Você está deslumbrante, minha filha. Vamos, ou chegaremos atrasados. Seus irmãos virão depois. — Eu era a caçula da família, e enquanto meus irmãos seguiram carreiras como médicos e professores, eu optei por ser policial, mais especificamente, uma detetive.

Meu pai sempre tentava me arranjar casamentos com homens respeitáveis, mas eu recusava todas as propostas. Ele costumava dizer que herdei não apenas a aparência de minha mãe, mas também sua personalidade. Assim, eu estava à espera da pessoa certa para compartilhar minha vida, e quem sabe aquele baile poderia ser o lugar onde encontraria alguém especial. Após chegarmos ao local, fomos anunciados, como de costume, enquanto eu cumprimentava os nobres ao lado de meu pai.

Decidi, então, dar uma volta pelo baile. Meu pai assentiu com um gesto de cabeça, e me despedi dos outros convidados com educação, pegando uma taça de champanhe de uma das bandejas oferecidas. Enquanto observava a multidão, meus olhos se fixaram em um rosto conhecido. Era Benjamin, um colega policial que eu nunca havia conhecido pessoalmente, mas cuja reputação era notória. Tomei coragem e me aproximei dele, minha voz soando um pouco tímida.

— Boa noite, Benjamin. Espero que não esteja incomodado. — Disse, hesitante. Nunca havia me aproximado de alguém de forma tão inesperada, mas pensei que era hora de dar o primeiro passo e tentar estabelecer uma conversa.

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daph.


   
Aleksander M. McQuinstonAlta Sociedade
Aleksander M. McQuinston

Re: [♕T] O Primeiro Baile

 por Aleksander M. McQuinston Ter Nov 07, 2023 12:02 am

It's more a question of feeling
Than it is a question of fun
worst nightmare

I think you should know you're his favourite worst nightmare

Em seus mais de trezentos anos de vida – trezentos e vinte, trinta? – Alek tinha se conformado com a natureza humana; eram previsíveis e repetitivos. Seu isolamento da alta sociedade tinha lhe dado uma boa perspectiva do resto do mundo, ele conheceu a noite como ninguém. Sabia de todos os desejos escondidos dos seres humanos, todos seus pensamentos mais obscuros. Tinha acompanhado assassinos e prostitutas, pessoas inocentes largadas à sorte e às traças, e pessoas que nasciam com poder e eram mais cruéis do que qualquer filho da noite. Tinha visto guerras e massacres e linhas inteiras familiares serem extintas, como tinha visto o amor e a gratitude e o companheirismo. No fim, era tudo muito igual, se envolver com eles e vê-los morrer enquanto ele continuava ali, intocável e imortal, com poucos para dividir o peso de poder observar tudo aquilo.

Aleksander sorriu para sua taça de vinho, sua mansão estava tão vazia quanto sempre esteve nos últimos quarenta anos. Décadas sem contato algum com nobre algum para um jovem Marquês da família real lhe pedir ajuda por motivos tão absurdos que ele quis rir de felicidade genuína. O rapaz era corajoso e atrevido, irresponsável e egocêntrico. E tão completamente espontâneo que o Duque não pode deixar de sentir algum apreço por sua presença — ou ao menos o caos que ele conseguia gerar só de se expressar em meio aquele mundo tão regrado quanto eles eram forçados a atuar como peões de um jogo de xadrez eterno. Tudo que ele pedia era apoio, alguém com poder para estar do seu lado quando ele precisasse enfrentar sua família. E como encontrariam alguém como o Duque de York? Mesmo hoje seu título ainda provocava medo em Londres. Supostamente era herdeiro de grandes chefes militares, uma figura que nunca se mostrava em público mas dominava seu ducado com um punho de ferro, atento a tudo que acontecia em seu território. Alguém que até mesmo a família real precisava temer. Era a figura ideal para ajudar Arthur em sua tentativa de ser visto e ser reconhecido.

E como Alek não tinha mais nada a fazer, ele imaginou que seria uma ideia perfeita. Já estava em hora de ver quanto as regras e os costumes da nobreza tinham mudado. Ele chamou seu mordomo para que pegasse a carta que estava escrevendo. Um comunicado oficial para a Rainha, anunciando seu retorno a Londres.



A residência em Londres não era comparável à sua mansão, mas com algumas adaptações a serem feitas logo o Duque pode se acomodar ao local. Apesar de ter se mobilizado para acompanhar a temporada, – ele claramente não tinha mais idade para procurar uma esposa mas sabia que receberia olhares famintos – Alek ainda estaria priorizando suas obrigações com seu ducado e não participaria de todos os eventos. Não se apresentar diante da rainha, no entanto, foi uma decisão tomada conscientemente como forma de provocação à autoridade da mulher. Conte como um primeiro afronto as decisões dela e do rei, para depois, durante o primeiro baile, demonstrar seu apoio a Arthur.

Ele sorriu, arrumando sua gola antes de sair da carruagem. Os funcionários pareciam meio desesperados ao não reconhecer ele ou quem ele deveria ser, e Alek teve piedade ao pedir que seu mordomo entregasse o convite a eles para que anunciassem corretamente para o baile. O Palácio de Buckingham continuava o mesmo, apesar das decorações sempre variarem de acordo com quem estava residindo no momento.  O salão de baile estava perfeitamente decorado com cores vivas e brilhantes, contrastando perfeitamente com as vestes dele inteiramente pretas, que dispensavam completamente qualquer tom em branco como era a moda que a maioria dos homens naquela época seguiam. A voz soou para anunciar sua chegada e mesmo que fez o anúncio não parecia acreditar que o Duque de York estava ali. Os rostos ao redor da sala eram todos iguais de choque, apenas alguns mais bem disfarçados do que outros. Ele sorriu, descendo até o baile. As pessoas mais corajosas vinham até ele para tentar puxar algum assunto e ganhar a graça dele. Alek não se entreteve muito com nenhum, dispensando suas companhias assim que ficava entediado com a conversa. Ele aceitou uma taça de vinho, observando com um sorriso uma dama publicamente humilhar o jovem Marquês que ele deveria estar ali para apoiar.

Bem, como ele mesmo tinha pensado; acompanhar Arthur seria divertido.


Buckingham Palace + 1814 + Jasper


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Re: [♕T] O Primeiro Baile

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